Wednesday, June 20, 2007

31 de Outubro 2005 > Deli

Hoje foi um dia em cheio!!

Começo por contar um aparte caracteristico na Guest House: aqui ninguém muda os lençois, nem vem fazer limpeza ao quarto.

Começámos bem o dia: o acto de tomar banho foi uma aventura, porque o Pedro tinha de estar a segurar na mangueira que liga o chuveiro á saida da água, e vice versa. Para além de ter tomado banho de água fria.
Seguimos para um pequeno almoço, aqui na Guest House:uma sandes de queijo branco com pimenta, um chai (que o Pedro tanto adora, e do qual não está nada enjoado!), e um café. Tudo por 77 RS.
Lá fomos nós na Tour por Deli, com uma hora de atraso.
Saimos de Cannaught por volta das 10h30, e seguimos rumo a Laxmi Narayan Temple. Aqui não podiamos tirar fotografias no interior do Templo, nem entrar calçados.
Tirámos os os sapatos e deixámo-los numa sala própria para "turistas" (os indianos tinham que deixar tudo cá fora), assim como as câmaras fotográficas.
O Templo é muito bonito. Numa das salas de oração, estavam dois senhores, em que um tocava Tabla e cantava, e o outro tocava Sítara ou Sarod, não consegui perceber muito bem.
Era lindo, e transmitia uma paz de espirito tremenda.
São estes sítios em que eu me sinto realmente bem. Sinto a paz que procuro, a paz interior.
Como não se podia tirar fotografias, comprámos um livro com postais por 30 RS ( 0,60€). foi uma boa compra, pelo que disse Yogitt, um indiano que conhecemos, que estava a fazer a mesma Tour conosco e com os pais, porque os pais de Yogitt não conheciam Deli.




Em seguida fomos a Rashtrapati Bhavan, que é a residêncial oficial do Presidente da Índia.
É uma estrutura com 340 quartos, que foi construido numa colina de seu nome Raisina Hill.
O espaço envolvente é repleto de grandes avenidas, em linhas rectas e em forma de círculo, que circundavam toda esta área, com espaços verdes, e edificio monstruosos, mas não em altura.
Aqui está uma parte de Deli, que nunca pensei que existisse...mas existe também, porque os ingleses por aqui andaram, e criaram uma certa organização nesta zona, porque nas ruas secundárias em Cannaught Place, apesar de ter também grandes avenidas, esta organização não existe.



Depois da residêncial do Presidente, seguimos paa o India Gate, que foi construido em memória dos 90.000 indianos que morreram na 1ª Guerra Mundial,em que os indianos lutaram ao lado dos Ingleses.
E foi aqui que uma familia ia a passar, e devem de ter engraçado comigo, que quiseram tirar uma fotografia comigo. Achei muito amoroso. Eles e as fotografias com os estrangeiros...
Continuámos a nossa viagem para O Gandhi Smriti, o sitio onde Gandhi foi assassinado, em 30 de Janeiro de 1948. É um museu ao ar livre, onde tivemos de nos descalçar para lá entrar.
Fiquei com mais interesse ainda em conhecer mais da vida de Gandhi.
Depois, como seria de esperar nas excursões, e no que acho um pouco perda de tempo, mas também para dizer a verdade depende onde nos levam, fomos a uma fábrica de texteis, onde o nosso guia iria levar uma pequena comissão.
Comprei um saree, que vesti na loja, e um Salwar Kameze.
Seguimos caminho para um restaurante escolhido pelo guia para almoçar.
Tentámos pedir um prato em que não viesse muito picante, mas foi em vão. De cada garfada que se punha na boca era um ardor.
Uma particularidade deste restaurante, é que mesmo ao meu lado havia um lavatório para lavar as mãos, e para cuspir...onde eles no seu mais natural ritual, cuspiam arranhando a garganta...o que para nós ocidentais é um pouco, ou nada higiénico e bom de se ouvir enquanto se está a almoçar.
Depois deste almoço picante, e de presenciar um ritual tão "bonito", seguimos para Qutab Minar, onde ficámos á porta, pelo facto de que tinhamos de pagar 250RS, cada um, e nã tinhamos que chegasse para os dois. Aqui não há AM's ao virar de cada esquina.
Ficámos a olhar para o povo, para a maneira de se comportarem, para as crianças que fazem malabarismos, e para os esquilos que por ali passavam.
Depois de voltarem os que foam fazer a visita ao Qutab, continuamos para Bahai House Of Worship - Templo de Lotus, mas que se encontrava encerrado para orações, pelo que só o visionámos ao longe, de onde tirámos uma fotografia.
Passámos em seguida para o Forte Vermelho, também ele encerrado, mas porque encerra ás segundas feiras. Mas, aqui nem uma fotografia consegui tirar, porque foi o tempo da camioneta chegar, dar a volta e virar as costas ao Forte Vermelho.
Terminámos a nossa visita no Raj Ghat, que é um jardim onde o corpo de Gandhi foi cremado, e é um sitio de peregrinação.


Despedimo-nos do Yogitt e da sua familia, em que a mãe do Yogitt, uma senhora encantadora, me abençou a mim e ao Pedro. Foi muito importante para mim.
Despedimo-nos á maneira dos indianos e á maneira do europeus, sem antes pedir permissão á senhora, lamento não me recordar do seu nome, se me podia despedir como fazemos em Portugal com dois beijinhos na face.
E lá voltámos nós para Janpath, onde fomos a um grande mercado, e onde acabámos por ir comer, imagine-se só, ao MacDonalds. Foi preciso nós virms á Índia, para irmos a um MacDonalds. Mas não era um MacDonalds europeu, pois auqi tinha comida vegetariana.
Comemos um hamburguer vegetariano, só para fugir um pouco á comida picante.
Pormenores que visionámos durante a nossa visita por Deli : é verdade que existem os intocáveis; vimos casas de banho públicas ao ar livre, mas só para homens, sem qualquer indicio de porta; fossas a céu aberto; o acto de tirar macacos do nariz com o uso dos dedos, onde não exite um lenço de papel, como sendo um acto muito asseado, e claro o cuspir constantemente para o chão.
Particularidades desta cultura.
Este 3º dia fez-nos gostar de Deli, não só pelo que ficámos a conhecer hoje, mas porque também já nos ambientámos ao movimento frenético da cidade, ás buzinadelas sem razão aparente, ao cheiro. Já nos sentimos mais seguros.
Amanhã, temos de acordar bem cedinho, ai por volta das 04h30, para apanhar o comboio para Agra, ás 06h00.